O Desafio da Implementação da taxonomia no turismo – Parte 3
A compreensão e aplicação das regras da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) vai trazer progressivamente um avanço um protagonismo do Brasil em diversas áreas, especialmente no setor de turismo. Inicialmente é relevante entender que a TSB não é um obstáculo, mas um facilitador. O Ministério da Fazenda, que coordena esse projeto vai trazer todas as ferramentas para o entendimento do processo, tais como capacitação, materiais simplificados, guias técnicos e testagens piloto para desmistificar o enquadramento. Certificações reconhecidas (ABNT NBR 15401, Blue Flag, EarthCheck, LEED, Biosphere) serão mecanismos para orientar e simplificar a comprovação de conformidade.
No entanto, o sucesso depende do letramento amplo do setor: empresários, gestores, entidades de representatividade e órgãos públicos precisam compreender que a taxonomia traz vantagens competitivas reais e não apenas novas exigências burocráticas.
O Brasil está dizendo ao mundo e a seu próprio turismo: sustentabilidade não é mais um diferencial, é o novo padrão. Hotéis, restaurantes, investidores imobiliários, operadores e destinos que se enquadrarem na TSB estarão na vanguarda da transformação ecológica brasileira, acessando recursos, reconhecimento e oportunidades de crescimento alinhados à agenda global.
Depois da realização da COP a Taxonomia Sustentável Brasileira será o instrumento prático. E o turismo é o setor que vai liderar esta transformação – pela primeira vez no mundo, consolidado como peça central de uma política de sustentabilidade nacional.
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